Objetivos SMART: saiba como utilizá-los na sua gestão de processos

Homem usando computador totalmente virtual
O que você encontrará aqui:

A metodologia SMART define quais são as características de objetivos e metas que fazem sentido para o contexto, e assim, orientam nosso trabalho. Além disso, apresenta a vantagem de ser acessível e de fácil aplicação.

Alguns objetivos dessa estratégia são:

  • reduzir custos;
  • aumentar produtividade;
  • otimizar processos internos;
  • tomar decisões estratégicas;
  • direcionar claramente esforços.

Neste conteúdo, trouxemos um guia de como utilizar os objetivos SMART na gestão de processos. Continue a leitura e conheça uma excelente ferramenta para produzir resultados positivos na sua empresa!

O que são objetivos SMART?

Os SMART goals, em português, objetivos inteligentes, correspondem a uma ferramenta de gestão. Com ela, temos os parâmetros de como as metas devem ser:

  • Specific (específicas);
  • Measurable (mensuráveis);
  • Achievable (atingíveis);
  • Relevant (relevantes);
  • Time-based (com tempo definido).

Perceba que o acrônimo SMART tem dois propósitos. Além de indicar que os objetivos fixados são “inteligentes”, opondo-os aos “ineficazes”, há o propósito didático de facilitar a memorização, pois cada letra corresponde a um parâmetro.

Objetivos específicos

A especificidade é garantida por um objetivo determinado em relação à qualidade e quantidade. Isto é, dizermos qual será o nosso alvo (reduzir custos, aumentar a produtividade ou cortar desperdícios) e quanto é preciso atingir (10%, 1000, 1º etc.).

Por exemplo, combine um verbo no infinitivo com um número, como:

  • reduzir custos em 10%;
  • aumentar as vendas em 1000 unidades;
  • alcançar o 1º lugar no segmento de mercado.

Alguns indicadores que você pode usar para desenhar os seus objetivos SMART na gestão de processos são:

  • ROI;
  • tempo;
  • custos;
  • desperdícios;
  • produtividade;
  • cumprimento de prazos.

Objetivos mensuráveis

As metas devem ser passíveis de medição para sabermos se foram ou não alcançadas. Para entender a diferença em relação ao critério anterior, imagine o objetivo de aumentar a motivação da equipe em 20%.

Em princípio, o colaborador pode se sentir mais disposto após uma decisão da empresa, mas como mensurar se foi 10%, 20% ou 100%? Qual métrica objetiva que conseguiria explicar a motivação de algo subjetivo?

O ideal seria adotar outro caminho. Conseguimos, por exemplo, mensurar o E-NPS, sabendo quão disposto o profissional estaria a indicar a empresa para um colega ou amigo.

Outra aplicação é uma avaliação de desempenho para verificar sua produtividade ou uma pesquisa de clima organizacional para saber sua satisfação com o ambiente de trabalho. Resumidamente, não basta escolher um número, o valor deve permitir a medição.

Objetivos atingíveis

Os objetivos SMART são atingíveis, considerando as  possibilidades existentes. É preciso ter a leitura da situação, definindo uma meta que possa ser concluída. Aliás, não hesite em utilizar ferramentas, como a matriz SWOT, para entender o cenário.

Em alguns casos, desdobrar os objetivos ao longo do tempo pode resolver o problema. Pode ser, por exemplo, que a empresa não consiga produzir mil peças mensais, mas consiga 500 em dois meses.

Vale a pena observar a percepção dos colaboradores. Quebrar um objetivo maior em passos menores pode ajudar na comunicação e aplicação da meta, ainda que a longo prazo o número final não mude.

Objetivos relevantes

As metas SMART devem mover o plano de negócios e concretizar a estratégia da empresa. Se não houver nenhum benefício ou chance de mitigar um prejuízo, não há necessidade de definir um alvo.

Balanced Scorecard pode ajudar com o alinhamento, pois nele todas as metas são conectadas aos objetivos financeiros. Para relembrar, são quatro as perspectivas do BSC:

  • clientes;
  • finanças;
  • processos internos;
  • aprendizado e crescimento.

As metas de aprendizado e crescimento causam melhorias nos processos internos — que, por sua vez, vão atingir nossa capacidade de atender aos clientes. Por fim, os custos, vendas, receitas e demais aspectos financeiros serão influenciados pelas demais perspectivas.

Tempo definido

Os objetivos SMART têm data para serem concluídos. Dizer que algo pode ser entregue sem um prazo desmonta a proposta de fixar metas, pois o “nunca” se torna uma das possibilidades admitidas.

Um dos cuidados ao definir prazos é o equilíbrio com a necessidade de atingir a meta. Além disso, considere que algumas mudanças são mais demoradas, enquanto outras podem rapidamente trazer retorno para o investimento.

Implementar uma nova cultura organizacional demandará prazo significativo e uma trajetória composta por metas diversas. Já a adoção de uma tecnologia fornecida em cloud computing é rápida, pois a solução pode estar disponível pela internet, sem grandes investimentos em infraestrutura de TI.

Quais são as vantagens dos objetivos SMART?

Os objetivos SMART são mais adequados para definir metas. Além disso, essa metodologia pode ser aplicada a diferentes contextos e atuar em conjunto com outros modelos de trabalho, como os OKRs. Veja, a seguir, vantagens dessa estratégia.

Orientar as equipes

O primeiro benefício das metas SMART é esclarecer todas as dúvidas sobre o que precisa ser feito. Assim, eliminamos lacunas na comunicação em relação ao que a empresa deseja das equipes, direcionando esforços com clareza.

Melhorar a tomada de decisões

As opções disponíveis serão pesadas conforme sua possibilidade de contribuir ou não para realizar as metas. Por isso, será mais fácil tomar decisões e planejar as estratégias voltadas a atingir objetivos da empresa.

Motivar os colaboradores

Os profissionais enxergam o progresso a partir do andamento dos objetivos SMART. Haverá uma relação de causa e efeito entre as condutas e a realização das metas, dando significado às atividades do dia a dia.

Alinhar os objetivos

As diversas metas e objetivos formam uma estrutura hierárquica. No topo estão as metas da organização, que orientam os departamentos. E, os departamentos alinham as condutas das equipes e colaboradores. Logo, a empresa caminha em uma única direção.

Quais são os cuidados ao definir objetivos SMART?

Para tirar o melhor da metodologia, podemos indicar alguns cuidados no momento de definir as metas para organizações, departamentos, equipes e pessoas. A seguir, separamos quatro dicas bônus para sua empresa.

Planeje como alcançar o resultado

As metas devem ser associadas a estratégias e ações. A estratégia é o meio que será utilizado de modo a alcançar o objetivo. Por exemplo, para aumentar a produtividade dos processos, podemos adotar o RPA, que automatizará tarefas repetitivas e trará escalabilidade para a operação.

Depois disso, teremos as ações necessárias para colocar a estratégia em prática, como:

  • implementar a tecnologia;
  • qualificar os colaboradores;
  • avaliar as soluções oferecidas;
  • buscar uma fornecedora de TI.

Priorize a relevância em vez da quantidade

O excesso de metas aumenta as chances de não realizar nenhuma delas. Por isso, é importante entender qual é o resultado-chave e ter foco, em vez de montar uma lista extensa de objetivos.

Utilize a tecnologia para ter visibilidade

Um papel importante da tecnologia é permitir que os envolvidos consigam o andamento das metas. Para isso, tenha um sistema de gestão que dê visibilidade sobre os processos, coletando as informações e exibindo-as de maneira simplificada para gestores e colaboradores.

Revise as metas

Para finalizar as boas práticas, lembre-se de que o mundo atual passa por mudanças rápidas e contínuas.

Uma boa meta hoje pode perder relevância amanhã, diante de alterações no cenário e nos objetivos da empresa. Portanto, crie uma rotina de revisar periodicamente as diretrizes para mantê-las válidas.

Os objetivos SMART trazem um roteiro para produzir metas capazes de orientar decisões, estratégias, avaliações de desempenho, entre outras atividades. Por isso, agora que você já conhece a metodologia a fundo, não deixe de colocá-la em prática e promover melhorias na sua organização.

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Adalberto Cunha
Adalberto Cunha é o CRO (Chief Revenue Officer) da Biti9. Formado pela FECAP e Universidade Mackenzie, acumulou diversas experiências em sua carreira, incluindo grandes empresas como Banco Safra, BCS e IBM (International Business Machines Corporation). Em 2010, fundou uma filial da Yogolove e, posteriormente, também trabalhou na Natura. Em 2015, co-fundou a Biti9 em parceria com Martin Luther Candido e Silva e, desde então, tem como missão ajudar empresas a reduzir erros e custos e a proporcionar mais agilidade no backoffice, implementando automações para realizar as atividades repetitivas de forma otimizada, utilizando tecnologias de RPA (Robotic Process Automation), OCR (Optical Character Recognition) e IA Generativa (Inteligência Artificial).

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